Nova tendência é a combinação dos agonistas de GLP-1 ao procedimento, como forma de aumentar a perda de peso ou evitar o reganho
Disponível no SUS desde 2016, a cirurgia bariátrica por videolaparoscopia ajudou a popularizar o procedimento no Brasil. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, apenas em 2023, último ano da pesquisa, foram realizados 80.441 procedimentos.1
A cirurgia é indicada para pacientes com índice de massa corpórea (IMC) acima de 40 kg/m2 sem sucesso no tratamento clínico longitudinal realizado por no mínimo 2 anos2 e leva a uma perda de 65% a 85% do excesso de peso com a utilização da técnica Y-de -Roux e de 55% a 75% com a gastrectomia vertical.3
No entanto, parte dos pacientes não consegue atingir essa meta ou volta a ganhar peso de forma excessiva no período pós-cirúrgico.
De acordo com Álvaro Albano, médico especializado em cirurgia do aparelho digestivo e endoscopia digestiva, nessas situações, os medicamentos agonistas do GLP-1 (liraglutida, semaglutida e tizerpatida), popularmente conhecidos como canetas emagrecedoras, surgem como aliados para aumentar a perda de peso ou ajudar o paciente a manter o peso ideal após a cirurgia.
“Quando a cirurgia não traz o paciente para o índice esperado, essa abordagem de maneira combinada produz um resultado melhor, ajuda o paciente a ficar com o IMC mais próximo do normal. Com isso, a obesidade sai de grave para controlada e há impacto positivo também em outras comorbidades, como apneia do sono, hipertensão e diabetes", explica.
O papel dos agonistas do GLP-1 pós cirurgia bariátrica
Os agonistas do GLP-1 são geralmente empregados de duas formas após a cirurgia bariátrica: durante o período de acompanhamento pós-cirúrgico, quando o paciente não atinge o patamar adequado de perda de peso em até seis meses após o procedimento (menos de 50% de perda do excesso de peso), ou quando o reganho de peso é considerado excessivo dois anos após a bariátrica.4
Almino Ramos, cirurgião bariátrico e do aparelho digestivo, destaca as vantagens da liraglutida, semaglutida e tirzepatida no tratamento pós-bariátrica. “Esses medicamentos são cada vez mais usados, e de forma mais precoce, com excelentes resultados. É a primeira vez que temos resultados significativos com a medicação sem tantos efeitos adversos. Os medicamentos anteriores geravam perda de peso de menos de 5% com efeitos adversos importantes, porque eram de atuação central.”
Os agonistas do GLP-1, por sua vez, imitam a ação do hormônio produzido pelo intestino, retardando o esvaziamento gástrico, aumentando a sensação de saciedade e controlando a secreção de insulina. Os efeitos adversos mais comuns incluem náusea, vômito e diarreia.5 "No Brasil, também precisamos considerar os custos. Estamos falando de medicamentos que ainda são muito caros para a nossa realidade. Idealmente, deveriam ser utilizados por toda a vida, com ajustes ao longo do tempo, mas como o investimento é muito grande, o paciente acaba não usando de forma adequada, por isso, o resultado pode não ser tão bom", pondera Ramos.
Obesidade é crônica e requer múltiplas abordagens
A associação da cirurgia bariátrica com medicamentos não é a única abordagem para manter a obesidade sob controle. Cada vez mais, endocrinologistas e cirurgiões do aparelho digestivo apostam em múltiplas estratégias para manter o paciente no peso mais próximo ao ideal, consolidando o entendimento de que a obesidade é uma doença crônica, que deve ser acompanhada por toda a vida.
“Por muito tempo, não se entendia que os tratamentos para a obesidade poderiam se sobrepor. Hoje sabemos que a obesidade é uma doença crônica, progressiva e evolutiva, e que o paciente vai precisar de muitas terapias, às vezes combinadas, para que se mantenha nas melhores condições, de forma segura. Precisamos somar forças para tratar a doença da maneira mais adequada possível", explica Albano.
Pacientes com reganho excessivo de peso que fizeram a cirurgia bariátrica sleeve, também conhecida como gastrectomia vertical, podem ser submetidos a um novo procedimento, para convertê-la para o método bypass, também conhecido como gastroplastia Y de Roux. Os que foram submetidos ao bypass com derivação jejunal podem passar para derivação distal ou ileal, por exemplo. Também podem ser realizadas correções do sleeve da gastrectomia ou da anastomose gastrointestinal.6
Endoscopia e acompanhamento contínuo no controle da obesidade
A endoscopia é outra aliada no tratamento do reganho de peso, podendo a abordagem endoscópica de gastroplastia vertical ser utilizada para realizar a revisão de uma gastroplastia anterior.7 Ainda, com a endossutura gástrica, é possível remodelar o estômago.8
Já os pacientes que passaram por bypass gástrico se beneficiam com o estreitamento da anastomose gastrojejunal (abertura cirúrgica que conecta o estômago ao intestino delgado) utilizando plasma de argônio ou sutura endoscópica em associação ao plasma de argônio.9
“A recidiva faz parte da evolução de todas as doenças crônicas. O paciente precisa compreender que a obesidade não será resolvida apenas com a cirurgia bariátrica. Esse é o início de um programa de tratamento. Vai ser preciso repor vitaminas e minerais, evitar a perda de colágeno e massa muscular e buscar acompanhamento médico por toda a vida: no primeiro ano após a cirurgia, a cada três meses. No segundo, a cada seis meses, e, a partir do terceiro ano, anualmente. Quanto antes identificarmos o reganho, mais tranquilo será o tratamento", conclui Ramos
Dê o primeiro passo para uma vida mais saudável! Explore nossas soluções e descubra como superar a obesidade com confiança e cuidado. Acesse agora o Leve a Vida Mais Leve.
ATENÇÃO I: Este material é apenas para fins informativos e não se destina ao diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou legal, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação sobre os benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todas as questões relacionadas à sua saúde.
ATENÇÃO Il: Este material destina-se a descrever sintomas clínicos comuns e etapas processuais para o uso de tecnologias referenciadas, mas pode não ser apropriado para cada paciente ou caso. As decisões em torno do cuidado ao paciente dependem do julgamento profissional do médico em consideração de todas as informações disponíveis para o caso individual. A Boston Scientific (BSC) não promove ou incentiva o uso de seus dispositivos fora sua rotulagem aprovada. Estudos de caso não são necessariamente representativos dos resultados clínicos em todos os casos, pois os resultados individuais podem variar.
ATENÇÃO III: A lei restringe a venda desses dispositivos apenas a médicos ou mediante prescrição médica. Indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na rotulagem do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e podem não estar aprovados ou à venda em certos países. Este material não é destinado ao uso na França.
Copyright © 2025 Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.
ENDO - 2174716 - AA